Benedito Villela Colunas
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� Solid�o Domiciliar ...

     S�bado � tarde. Em uma das muitas praias desse litoral tupiniquim, milhares de pessoas aproveitam para fugirem de si mesmas, j� que o melhor para se esconder � no meio de muitos, onde voc� passa despercebido e se alegra no meio da massa humana, esquecendo-se de que est� fugindo. Mas est� fugindo de que mesmo?

     Todos tentamos fugir da solid�o, cuja culpa � inteiramente nossa. Somos solit�rios porque constru�mos muros ao nosso redor, ao inv�s de fabricarmos pontes que nos levem aos outros. Somos solit�rios porque n�o conhecemos nossos vizinhos, somente seus n�meros, como o "rapaz do trezentos e dois". Somos sozinhos porque tememos quem se aproxima de n�s, olhamos todos com a desconfian�a desses ca�ticos tempos malucos em que nossa frustrada sociedade vive.

     A globaliza��o nos torna s�s. Ao falarmos ingl�s, ao comermos um croissant e ao discutirmos os problemas da Chechenia, pobres coitados, nos esquecemos de n�s mesmos, de nosso pa�s e de nosso povo e assim fugimos dos nossos costumes e dos nossos problemas. E fugimos de n�s mesmos.

     A Internet, famosa rede mundial de computadores, � um desesperado pedido de socorro , de milh�es de solit�rios an�nimos buscando se relacionar, mesmo que virtualmente, pois a solid�o corr�i, nos fatiga, nos enerva e nos mata aos poucos, dia a dia.

     Por sermos soci�veis, n�s temos a necessidade da rela��o, que precisa se libertar. E se liberta. Se liberta no alcoolismo, nas drogas, nas rela��es carnais instintivas e nas tentativas de tentar aparecer mais do que os outros. E assim, sem desejar, acabamos de construir mais um muro e uma grade ao nosso redor, neste c�rcere que � nossa vida t�o vazia e nessa solid�o que nos leva a tudo, sobretudo � fantasia.

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